domingo, 30 de maio de 2010

Últimas Semanas

E ai, pessoal? Tudo beleza?

As últimas três semanas foram divertidas, de um ponto de vista doentio, é claro. Fui à Virada Cultural, aqui na cidade de São Paulo. Fiquei no Largo São Francisco onde rolaria um som eletrõnico que eu curto. Fui com alguns amigos do cursinho e com dois professores que, agora, acho que são amigos também. Muita cerva, Smirnoff e Jurupinga depois acabei "ficando" com um dos meus professores, o que é curioso, pois não foi o meu primeiro docente e provavelmente nem o último. Os meus amigos agora estão me chamando de "Maria Giz" ¬¬
Foi uma coisa super nerdística, discutindo a existência de Deus e as justificativas da física, química e biologia para isso. Mas enfim, deixando o papo chato de lado, vou relatar o que aconteceu:
Estávamos formando um círuclo e dançando muito ( cada um com uma garrafa de Smirnoff na mão), eramos cinco homens e acredito que eu era o mais novo.
O professor estava dançando de frente pra mim e até ai, ninguém tinha assumido nada quanto a sexualidade. Muita bebida depois sentamos na calçada da Sanfran pra descansar e conversar. Foi quando um casal gay passou de mãos dadas e todos os cinco os acompanharam com um menear de cabeça. Demos risada e começou o papo de quem já tinha ficado com outro cara (se fossem todos héteros começariam a zoar as bichas e fazer graça). Por surpresa (ou não) todos já tinham ficado com outro cara. Os olhares se cruzaram e risos desfarçados foram escutados.
De repente uma mão passou pelo meu ombro e uma barba por fazer roçou na minha jugular, meu professor de Bio II sussurou no meu ouvido:
- Sabia que eu vez ou outra fico com homens?
- Sério? - respondi - Eu também, mas ultimamente não tenho encontrado ninguém que valha a pena.
- Mas um rapaz tão bonito não deveria ficar solteiro! - (Cantada fraca!) - Se quiser posso te apresentar alguém que valha a pena.
- Não, não. Realmente não precisa.
- Por quê? - ele fez cara de bêbado desentendido.
- Acho que eu já conheço essa pessoa.
Nesse momento eu puxei ele e beijei. Pessoal, sabe quando um beijo faz o tempo parar? Só existem você e o cara, todo o resto do mundo desaparece e a pegação faz com que você se sinta um verdadeiro Bon Vivant. Depois disso, marcamos algumas saidelas pra lugares mais reservados: Cinemas, parques, shopings, motéis e etc.
Infelizmente não somos um par que combina tanto, mas criamos uma relação legal. Um dos meus amigos está namorando o professor de Física e fica um clima bacana nas aulas de Cinemática quando contamos piadas internas.
Sei lá, minha vida está boa. Os meus dias estão gostosos e me sinto bem por correr atrás daquilo que eu gosto. Desde a morte do meu primo, sinto-me mais leve, com uma perspectiva de vida diferente. Estou curtindo os momentos da minha vida sem exagerar. Estou sendo levado pelo tempo e sou conduzido de forma agradável. A minha vida para ser melhor, só falta um amor, se bem que ultimamente não tenho sentido tanta falta assim. Mas que seria bom ter alguém pra partilhar, isso seria! Dividir momentos agradáveis e difíceis. So my friends, bye bye!

"Relinquish your pain unto me..."

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cansaço + falta de cérebro = ?

Ontem quando estava voltando do cursinho, totalmente desatento, encontro no meio da avenida Imigrantes um cara pelado rolando na calçada. Havia um grupo de pessoas do outro lado observando o possível louco/embriagado se divertindo. Olhei aquela cena por uns dez segundos, pasmo, tentando entender o que se passava. Neste mesmo instante um cara alto e muito bonito parou do meu lado tendo a mesma reação. Olhou para mim, deu um sorriso e me entregou um papel. Eu ainda estava em choque pelo peladão no meio da avenida, achei que era panfletagem e não dei muita atenção. O cara atravessou a rua sem nem olhar pro peladão, olhou para trás viu que eu ainda estava em choque e sorriu novamente. Somente quando cheguei em casa, dali uns quinze minutos que fui ler o papel. Havia o nome Ricardo e uns números borrados, os quais eu não conseguia ler, foi aí que pensei:

“Quem em sã consciência faz panfletagem à meia-noite e meia?”.

O que me fez refletir sobre a possibilidade de que as coisas mais idiotas e improváveis acontecem quando o seu cérebro está num estado de transição astral, sem tempo de reação ou qualquer mobilidade física e te fazem perder o que parecia ser uma boa oportunidade de conhecer alguém legal. Com certeza não vou voltar a ver o cara e o peladão não vai voltar a rolar na avenida Imigrantes para nos dar tempo o suficiente de dizermos um “oi” indiscreto ou de tomarmos uma cerveja no bar da esquina. Agora dou risada pela minha falta de compreensão naquele momento.

Talvez tenha sido o homem da minha vida, talvez tenha sido só um amigo que eu não tenha reconhecido ou mesmo um outro doido, mas o que mais me dá raiva é a minha falta de atenção total a esse tipo de coisa! So my friends, let it be... let it be!


PS: Pra quem curte video games, uma dica: Xenosaga Episode I, II e III