quinta-feira, 22 de julho de 2010

As coisas que não me faltam

Ultimamente sinto uma leveza da qual não tenho o que me queixar. Uma liberdade contínua, livre de culpas e arrependimentos. No começo da semana coloquei um fim explícito em um ex-namoro que há muito dava o que falar. Nunca houve brigas, nunca houve pessoas feridas na esfera sentimental, entretanto, amores incondicionais e de formas diferentes coexistiam e coexistem, portanto, era hora de definir e delimitar o que queríamos desse relacionamento. Apenas deixamos claro o que queríamos daqui para frente, eliminamos possibilidades e projetamos um futuro. Amizade prevalece, não estamos preparados para perder um ao outro, nosso relacionamento é algo que não pode se perder, independentemente do rumo que tome. Romance nos últimos meses foi uma das coisas que não faltaram. Checado!

Passo cerca de dez horas do meu dia estudando, é algo importante passar no vestibular, conseguir independência financeira e ser bem sucedido na carreira que escolhi. Tiro boas notas e mantenho uma vida social até que bem agitada para um vestibulando focado. Amigos, escola, familiares, nada disso atingiu um patamar que me incomode de alguma forma, não falta nada neste campo. Fazer a social, ser o filho e aluno exemplar não me faltam também. Checado!

Recebi algumas ligações dos últimos dois empregos que tive, ambos estáveis. Decidi sair por ofertas melhores ou por desejar me focar nos estudos. Os dois pediam para que eu retomasse minhas atividades, acredito que isto signifique que serei bem sucedido e que sou reconhecido por aquilo que faço no campo profissional. Engajamento de carreira, contatos e autoconfiança são fatores que também não me faltam. Checado!

Ainda assim, sinto como se um vazio me desconsolasse. Falta algo, um complemento. Satisfação plena eu sei que não existe para ninguém. Mas algo me mantém inquieto, não me leva a tristeza e ao mesmo tempo faz com que eu me mova numa procura constante, numa sede incessante por algo que nem ao menos sei o que é. É estranho se sentir “feliz” e ao mesmo tempo incompleto, numa busca sem sentido.

PS: Para quem perguntou no MSN, estou voltando a desenhar, sim. Pretendo colocar algumas ilustrações nos próximos posts.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A tal da Sogo

Primeira semana de férias do cursinho e da vida de estudante desesperado, tudo parece convergir para uma estrutura diferente, para um mundo diferente, melhor dizendo. Mas antes vou contar o que aconteceu uma semana antes das férias:
Sai com um leitor do blog para conversar, conhecer e ver o que tinhamos em comum. Foi divertido. Assistimos um filme francês louco e sem sentido e posteriormente fui a festa de um amigo. Dia de aula, o qual eu matei para ter um encontro com expectativas um tanto quanto exageradas. Sou meio imaturo para algumas coisas e dessa vez acho que magoei alguém sem necessidade. Agi friamente e sem pensar quando disse que queria apenas amizade e creio que acabei magoando o rapaz com quem sai. Enfim, espero ter a chance de marcar um passeio para pedir desculpas. A festa foi animada, melhor amigo e eu pondo assunto em dia e muita gente dançando, foi o máximo!


Voltando a programação normal:
Sexta-feira passada, no feriado da Revolução de 1932 (aqui na cidade de São Paulo é feriado, acredito que não seja feriado nacional) eu fui a uma balada com duas amigas, a tal da Sogo na região central do município, dançamos e nos divertimos e ocorreu algo que me surpreendeu. Dispensei todos os caras que apareceram, dancei a noite toda e bebi pouco. Acho que atingi um estágio de maturidade ou simplesmente "estou de boa" como me disse minha amiga. Acredito que o que eu estou querendo mesmo é viver um amor, ou melhor, uma paixão, daquelas que não se tem que dar muita satisfação e que rola naturalmente, sem pressão. Aquele sorriso que no fim da tarde te deixa aquecido por dentro, mas que ao mesmo tempo é minimamente essencial sem interferir com todo o resto da vida. Cheguei a conclusão de que nós, seres humanos, somo inconstantes de uma forma bela e sem sentido, mas essa inconstância é boa, no faz evoluir em todos os sentidos. Estar vivo é maravilhoso.

PS: Alguém ai tem um bom RPG para indicar que não seja Final Fantasy?